Muitas pessoas sabem falar a respeito da
responsabilidade social das empresas no que se refere aos direitos de um
trabalhador terceirizado. Porém, na atualidade, este grupo não está muito
protegido por nenhuma legislação específica para a categoria, o que faz
acrescentar as irregularidades da categoria profissional e prejudica
trabalhadores que têm seus postos de trabalho preconizados.
O setor de trabalho terceirizado foi
incentivado no Brasil a partir da Súmula 331, do Tribunal Superior do Trabalho,
que teve início no ano de 1993, e cujo entendimento jurídico consiste na
prestação de um serviço que é oferecido de uma empresa para outra.
Hoje
em dia, apenas são permitidas as terceirizações de atividades chamadas de atividades-meio,
que são serviços de limpeza, portaria, na área de vigilância, nas
telecomunicações e em trabalhos temporários por períodos inferiores a três
meses. E sobre estas atividades, há regulamentação sobre os direitos de um
trabalhador terceirizado.
No entanto, o PL de nº 4.330, e que atualmente está em
tramitação no Senado Federal brasileiro, tem por objetivo regulamentar a área
de serviços terceirizados e permitir que todas as atividades de uma empresa
sejam realizadas por trabalhadores nesta condição, incluindo as chamadas
atividades-fim.
Trabalho Terceirizado
Este tema gera o debate aberto, de
acordo com uma pesquisa realizada pela Central Única dos Trabalhadores, a CUT,
o trabalhador terceirizado ganha um percentual 25% menor do salário dos
funcionários diretos e chegam a trabalhar por até 3 horas a mais na semana.
Pela
legislação, é garantido que a empresa contratada para o serviço terceirizado
tenha autonomia para exercer suas funções, pois no caso de os prestadores de
serviços serem dependentes da empresa contratante, podem exigir, com o auxílio
de um advogado trabalhista, o registro direto na empresa, com acesso aos
benefícios oferecidos aos demais funcionários.
Os advogados da área do trabalho concordam que a terceirização
em si não é uma prática ilegal. Ilegal é utilizar-se desse mecanismo para obter
menos gastos com a mão-de-obra, indo contra o direito do trabalhador assegurado
na legislação trabalhista.
Uma das dificuldades é assegurar o cumprimento das
contrapartidas da empresa. É comum que companhias de prestação de serviços
terceirizadas demitam funcionários antes dos 12 meses de contrato para não
pagar as férias. Nesses casos, o profissional deve procurar um escritório de
advocacia para garantir o acesso a essa garantia, e outros direitos de um
trabalhador terceirizado, assim como dos celetistas.
Responsabilidade da empresa
É importante que, tanto a empresa fornecedora do serviço quanto
a empresa contratante, estejam comprometidas com o cumprimento do direito do
trabalhador e não pratiquem a terceirização apenas como uma forma de reduzir
custos com funcionários, limitando o acesso destes aos benefícios trabalhistas.
Pensando nisso, as empresas podem assegurar de outras formas os
direitos de um trabalhador terceirizado. Algumas companhias elaboram projetos
de terceirização que garantem, a partir de negociação coletiva, que os
trabalhadores terceirizados tenham direito contratual como os demais empregados
da contratante. Esta prática deve ser incentivada visto que é uma das formas de
garantir o direito dos trabalhadores terceirizados.
Comentários
Postar um comentário
Participe! Abra as portas do seu conhecimento! Juntos somos melhores.